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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resumo Informativo capitulo-2


Nogueira, Maria Alice. Bourdieu e a Educação. 2ed. Belo Horizonte: Auténtico, 2006, pp. 33-56. 


RESUMO


O presente trabalho discute através de pesquisa teórica e bibliográfica, conforme os autores, o modo como Baurdieu entende e analisa a realidade social. Tem como objetivo mostrar o papel de destaque da dimensão simbólica ou cultural na produção e reprodução da vida social. Para tanto os autores fazem referência ao primeiro capítulo de “O poder simbólico” (1989a), onde Bourdieu identifica e se contrapõe a três tradições sociológicas e filosóficas de reflexão sobre as produções simbólicas. A primeira sustenta os sistemas simbólicos como estruturas estruturantes. A segunda investiga os sistemas simbólicos como estruturas estruturadas. E a terceira tradição é representada pelo marxismo e, entende os sistemas simbólicos como instrumentos de dominação ideológica, ou seja, como recursos utilizados para legitimar o poder de determinada classe social. Segundo Bourdieu, as produções simbólicas participam da reprodução das estruturas de dominação social, e fazem isso de uma forma indireta e, à primeira vista, irreconhecível. Em razão dessa situação, cada campo de produção simbólica seria, então, palco de disputas entre dominantes e pretendentes a dominação. A pesquisa se fundamenta no enfoque critico, com abordagem qualitativa. O autor observa ainda, que certos padrões culturais são considerados superiores e outros inferiores, por esse motivo os indivíduos e as instituições que representam as formas dominantes da cultura buscam manter sua posição privilegiada, apresentando seus bens culturais como naturalmente ou objetivamente superior aos demais. Ele chama essa estratégia de violência simbólica: a imposição da cultura (arbitrário cultural) de um grupo como a verdadeira ou a única forma cultural existente. Há na sociedade um poder almejado que vem da produção, da posse, da apreciação ou do consumo de bens culturais socialmente dominantes. E a esse poder, Bourdieu denomina ao capital econômico o termo de capital cultural. É, portanto o capital cultural que diferencia os membros das classes dominantes, dos membros das classes populares. Isso faz com que haja uma valorização do capital cultural, pois o individuo que não o possui reconhece a superioridade desse padrão e busca adequar-se a ele. Os indivíduos estariam assim em constante disputa, buscando manter ou elevar sua posição nas hierarquias sociais.



Palavras-Chaves: Produções simbólicas. Padrões culturais. Capital cultural. Classes dominantes. Classes Populares.

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